sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Club-Mate



Não, a bebida de Berlin não é a cerveja, nem o Jägermeister. A bebida de Berlin é o Club-Mate.
É o que define e diferencia Berlin de tudo. Mesmo porque, não se encontra Club-Mate facilmente em outros lugares da Alemanha.
Todo berlinense é aficcionado por essa mistura de chá mate com gás. Até mesmo as criancinhas – outro dia vi dois irmãozinhos tomando uma garrafa como se fosse mamadeira.
Lembra um pouco o mate leão que temos no Brasil. Mas o club mate é menos doce. E o segredo está no gás. The refreshing sensation that it gives, que não existe em nenhum chá gelado brasileiro.
É gostoso e realmente ajuda a dar energia. Por isso, aviso: depois da primeira garrafa, dificilmente você vai conseguir ficar sem, ao menos três vezes por semana.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

München – Englischer Garten

Estive em Munique no último final de semana da Oktoberfest. A lotação não me permitiu entrar nas tais tendas com o copo de cerveja de 1 litro. O que não me deixou triste, porque o dia era de sol e tinha lugar melhor para estar.
Fora que a bebedeira e a animação estavam mesmo em toda cidade. Então fui parar em outro lugar preferido de alemão em dia de sol: o parque. No caso, o Englischer garten, o central park de Munique ou, the Europe's largest city park.



Quem vai a München não pode deixar de conhecer o Englischer garten. E digo mais, foi o lugar que mais gostei da cidade.
Lá estão: pelados alemães, pessoas lendo livro, fazendo piquenique, jogando todo tipo de esporte, andando de bicicleta, de patinete, tocando violão - música basca, latina, grega, internacional - negros fazendo batucada, casal de namorados, gente nadando no rio. E, eu não vi, mas deve ter algum brasileiro jogando capoeira também, porque não pode faltar.




Passei a tarde deitada ao lado do rio Isar, vendo os patos brincando de aterrisar da água. Depois acabei dormindo no sol. Acordei quente e cogitei entrar na água. Ao ver todo mundo entrar parecia estar uma delícia. Mas só coloquei o pé e achei muito trabalho praquela água fria.



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

MÜNCHEN - Oktoberfest

Munique é tida como uma das cidades mais limpas, organizadas e ricas da Alemanha. E ai de quem discordar dos bávaros.
Mas durante a Oktoberfest ela fica um pouquinho bagunçada. No total são 6 milhões a mais de pessoas na cidade. Mais 6 mi de pessoas bêbadas, lógico.
Em todos os lugares, principalmente no metrô, não sei porquê, tem gente caindo, dando trabalho, passando mal, dando vexame e, o mais importante, vestida a caráter.
As mulheres vestem o dirndl, um vestido de alcinha, parecido com um avental, com uma camisa de babado geralmente branca por baixo. Os homens usam o lederhosen, uma calça curta de couro com suspensório, lembra um macacão, com uma camisa em sua maioria xadrez.
Parece que na geração anterior ninguém vestia o costume, mas agora é moda novamente, com a pequena diferença de que os vestidos agora são mais sexys e mais curtos.


É tudo um grande carnaval. Carnaval alemão, diga-se de passagem, mas um carnaval. Todo mundo, com a exceção talvez de alguns turistas, se fantasia e vai beber cerveja e comer salsicha na festa. Alemães de todas as idades. Todos fantasiados iguais. É bem engraçado e animado. É o momento em que eles podem se libertar das regras rígidas de ser alemão, podem falar alto, enlouquecer, perder as estribeiras.
Agora, eu esperava mais da festa. Quem é de cidade do interior de São Paulo como eu, imagina as festas de peão, festa do morango, festa do leite, da uva. A Oktoberfest é parecida. Tem lá suas tendas restaurantes, as barraquinhas de comidas e doces e os brinquedos de parque de diversão.
A Oktoberfest em si é isso, uma mistura de carnaval com festa do leite de Batatais.   

ÁGUA

Que água francesa que nada. A melhor água é a brasileira.
Se até quando a gente lava o cabelo na Europa, ele fica um pau duro de tanto cal e sabe-se lá mais o quê, imagina o que não acontece dentro do nosso estômago. I´m kidding.
Mas falando sério, cheguei na França louca pra tomar as famosas águas francesas, Perrier e ble-ble-blê. No supermercado é uma maravilha. A garrafa mais barata de 1,5l custa 20 cents de euro. As mais cotadas, no máximo € 3.
No entanto, apesar da minha empolgação com o preço baixo da água engarrafada, não fiquei tão impressionada com o sabor. Nada de extraordinário pro meu paladar brasileiro. Pelo contrário, depois de algumas garrafas eu estava era com saudade da água brasileira. 
Já na Alemanha o litro da água é mais caro. Com o pfand (a embalagem, vidro ou plástico), a mais barata sai € 0,85 e, isso, se você rodar e encontrar o getränke ou o supermercado mais baratos.
O gosto? Também não muito bom. Pode ser que, perto das outras águas européias, no geral, a francesa seja melhor. Se bem que outro dia, considerando essa hipótese, comprei uma evian que estava com o mesmo gosto da água da torneira. Aquela mesma água que deixa a pia branca depois de secar.
Então, Brasil, vamos proteger essa água deliciosa, por favor. 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Scooters



É, aqui não é a Itália mas tem muita scooter. Começaram importando as italianas, passaram a fabricar as próprias alemãs, e, claro, agora têm as chinesas também, como a minha saudosa Suzuki japonesa produzida na China.
Como amante das scooters, não resisto e saio tirando foto delas por aí.







E como as crianças aqui já nascem pedalando pra fora do útero da mãe, as bicicletas fofas de madeira. Acho que isso é um belo treino pras scooters. No mínimo inspirador para os pequenos rebentos, hein?!


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Flea Market

Flea market é o que nao falta em Berlin. De fato, eu diria que Berlin é um grande flea market. Porque aqui se encontra de tudo, tudo junto, e de todos os preços, tamanhos, idades.
E berlinense que se preza, gosta mesmo é de coisa barata.

Então, vamos direto ao ponto, fleas markets, ou melhor, Flohmarkt, como sao chamados aqui. Onde você for aos domingos, encontrará um mercadinho de pulga, com roupas de segunda mão, arte, objetos inusitados, bicicletas, coisas antigas, comidinhas e o que mais a imaginação mandar.

A coisa mais estranha que encontrei num flea, aqui perto de casa, foi um cara que vendia garfos e colheres de todos os jeito. Ele tinha uns garfos tortos, com uma bolinha de madeira na ponta de cada dente torto do garfo. Fora alguns pedaços de metais que ele tinha, objetos que não consegui identificar o que eram.


As comidas variam muito e depende do mercado que você estiver. Na ArkonaPlatz, menor que outros, tem comida básica de alemão: batata frita com catchup, salsicha, mais batata e tortas doces.


No Mauerpark, o mercado é gigante e tem realmente de tudo. Experimentei uns méis saborizados deliciosos. E olha que  não sou muito do doce: fiquei 20 minutos experimentando todos os tipos: mel com chocolate, com chili, gengibre, chai, frutas vermelhas, basílico, rosmarin, e por aí vai, nao tem fim.


Na Warschauer Straße quem é vegetariano fica feliz, pois quase metade (ou mais!) das barraquinhas são vegans e/ou vegetarianas. Comi uma paella vegana na barraca de uns espanhóis que estava muito gostosa. Eles também faziam lentilha, mas naquele momento não tinha mais. Você também encontra outras opções, como a barraca de um indiano, com pratos ayurvedas e samosa; umas libanesas (eu acho) com um pão folha tostado em grandes “chapas” de metal bem curiosas, grandes e curvadas. Enfim, várias comidinhas. Eu como vegetariana confesso que nao reparei o que tinha para carnívoros.


Mas com certeza tinha outras coisas, porque o flea da warschauer acontece em um espaço onde antigamente era da empresa de trem. O chão é de terra e tem vários galpões de fábrica abandonados. Ali tem mais de 60 projetos de música, arte, estúdios, teatros, bares e clubs. Durante a noite fica lotado. E durante o mercado de domingo você compra roupa a partir de 50 cents. E, quando menos espera, você entra em um beco, em um galpão, e encontra outra área, com mais um café, mesas ao sol ou uma galera fazendo escalada em uma torre abandonada. E não pára por aí.


Entrei em um café onde percebi um reboliço de crianças skatistas comprando refrigerante. Fui atrás do movimento e atrás de uma porta que parecia esconder um almoxarifado na verdade escondia uma pista grande de skate, com vários pipes, crianças e adolescentes, meninos e meninas se divertindo.


Enfim, assim como os flea markets de berlin nao têm fim, eu poderia ficar aqui escrevendo mais umas 200 páginas sobre eles. Mas deixo pra próxima. Porque com certeza, cada um que for conhecer vai ver uma coisa diferente.